Bem Vindo!

Mamuska

Contato, Amor e VĂ­nculo

Os bebĂªs humanos estĂ£o entre os mais indefesos de todos os mamĂ­feros. Por causa do maior tamanho do cĂ©rebro e do fato de que o tecido nervoso necessita de mais calorias para se manter que qualquer outro, grande parte do alimento ingerido Ă© gasto em prover nutriĂ§Ă£o e calor para as cĂ©lulas nervosas. Mais significante Ă© o fato de que nossos bebĂªs necessitam nascer mais cedo do que deveriam, com seus cĂ©rebros ainda nĂ£o totalmente desenvolvidos. Se o bebĂª humano nascesse jĂ¡ com o sistema nervoso central amadurecido, sua cabeça nĂ£o passaria pela pelve estreita da mĂ£e no momento do parto. Ao contrĂ¡rio de outros mamĂ­feros, como girafas e cavalos, o recĂ©m-nascido humano Ă© incapaz de andar por um longo perĂ­odo apĂ³s o nascimento, porque lhe falta o aparato neurolĂ³gico maduro para tanto. O custo primal de ter um cĂ©rebro grande Ă© que nossos filhotes nascem extremamente dependentes e em necessidade constante de cuidado.

O crescimento do nosso cĂ©rebro apĂ³s o nascimento Ă© mais rĂ¡pido do que o de qualquer outro mamĂ­fero e segue neste ritmo por 12 meses.

A seleĂ§Ă£o natural demanda que pais humanos cuidem de seus filhos por um longo perĂ­odo e que os filhos dependam dos pais. Esta necessidade mĂºtua traduz-se em um estado emocional chamado “apego”.

Em algumas culturas, como na tribo !Kung, bebĂªs raramente choram por longos perĂ­odos e nĂ£o hĂ¡ sequer uma palavra que signifique “cĂ³lica”. As mĂ£es carregam os bebĂªs junto ao corpo, com um aparato semelhante a um Sling, mesmo quando saem para a colheita. A relaĂ§Ă£o mĂ£e-bebĂª Ă© considerada sacrossanta, eles permanecem juntos o tempo todo. O bebĂª tem livre acesso ao seio materno e vĂª o mundo do mesmo ponto de observaĂ§Ă£o que sua mĂ£e.

Nossa cultura ocidental nĂ£o permite um estilo de vida idĂªntico ao de tribos primitivas, mas podemos tirar lições valiosas sobre como ajudar nossos bebĂªs na adaptaĂ§Ă£o Ă  vida extra-uterina.

Nos primeiros 3 meses de vida, o bebĂª humano Ă© tĂ£o imaturo que seria benĂ©fico a ele voltar ao Ăºtero sempre que a vida aqui fora estivesse difĂ­cil.

É preciso compreender o que o bebĂª tinha Ă  sua disposiĂ§Ă£o antes do nascimento, para saber como reproduzir as condições intrauterinas. O bebĂª no Ăºtero fica apertadinho, na posiĂ§Ă£o fetal, envolvido por uma parede uterina morninha, sendo balançado para frente e para trĂ¡s a maior parte do tempo. Ele tambĂ©m estava ouvindo constantemente um barulho "shhhh shhhh", mais alto que o de um aspirador de pĂ³ (o coraĂ§Ă£o e os intestinos da mĂ£e).

A reproduĂ§Ă£o das condições do ambiente uterino leva a uma resposta neurolĂ³gica profunda "o reflexo calmante". Quando aplicados corretamente, os sons e sensações do Ăºtero tĂªm um efeito tĂ£o poderoso que podem relaxar um bebĂª no meio de uma crise de choro.

Os 5 mĂ©todos para acalmar um bebĂª atĂ© 3 meses de idade sĂ£o extremamente eficazes SOMENTE quando executados corretamente. Sem a tĂ©cnica correta e o vigor necessĂ¡rio, nĂ£o adiantam em nada.

1. Pacotinho ou casulo (embrulhar o bebĂª apertadinho)

A pele Ă© o maior Ă³rgĂ£o do corpo humano e o toque Ă© o mais calmante dos cinco sentidos. Embrulhadinho, o bebĂª recebe um carinho suave. BebĂªs alimentados, mas nunca tocados, frequentemente adoecem e morrem. Estar embrulhadinho nĂ£o Ă© tĂ£o bom quanto estar no colo da mĂ£e, mas Ă© um Ă³timo substituto para quando a mĂ£e nĂ£o estĂ¡ por perto.

BebĂªs podem ser embrulhados assim que nascem. Apertadinhos, de forma que nĂ£o mexam os braços. Eles se sentem confortĂ¡veis, "de volta ao Ăºtero". BebĂªs mais agitados precisam mais de ser embrulhados, outros sĂ£o tĂ£o calmos que nĂ£o precisam.

Se o bebĂª tem dificuldade para pegar no sono, pode ser embrulhado apertadinho, nĂ£o Ă© seguro colocar um bebĂª para dormir com um cueiro solto. NĂ£o permita que o cueiro encoste no rosto do bebĂª. Se estiver encostando, o bebĂª vai virar o rosto procurando o peito, ao invĂ©s de relaxar.
Todos os bebĂªs precisam de tempo para espreguiçar, tomar banho, ganhar uma massagem. 12-20 horas por dia embrulhadinho nĂ£o Ă© muito para um bebĂª que passava 24 horas por dia apertadinho no Ăºtero. Depois de 1 ou 2 meses, vocĂª pode reduzir o tempo, principalmente com bebĂªs tranquilos e calmos.

2. PosiĂ§Ă£o de Lado

Quanto mais nervoso seu bebĂª estiver, pior ele fica quando colocado sobre as costas. Antes de nascer, seu bebĂª nunca ficou deitado de costas. Ele passava a maior parte do tempo na posiĂ§Ă£o fetal: cabeça para baixo, coluna encolhida, joelhos contra a barriga. AtĂ© adultos, quando em perigo, inconscientemente escolhem esta posiĂ§Ă£o.

Segurar o bebĂª de lado ou com a barriga tocando os braços do adulto ajuda a acalmĂ¡-lo (a cabeça fica na mĂ£o do adulto, o bumbum encostado na dobra do cotovelo do adulto, com braços e pernas livres, pendurados). Carregar o bebĂª num Sling, com a coluna curvada e encolhidinho, tem o mesmo efeito. Atualmente especialistas sĂ£o unĂ¢nimes em dizer que bebĂªs NĂƒO DEVEM SER POSTOS PARA DORMIR DE BRUÇOS, pelo risco de morte sĂºbita.

O bebĂª nĂ£o sente falta de ficar de cabeça para baixo, como no Ăºtero, porque na verdade o Ăºtero Ă© cheio de fluido e o bebĂª flutua, como se nĂ£o tivesse peso algum. Do lado de fora, sem poder flutuar, virado de cabeça para baixo, a pressĂ£o do sangue na cabeça Ă© desconfortĂ¡vel.

3. Shhhh Shhhh - O som favorito do bebĂª

O som "shhh shhh" é parte de quem somos, tanto que até adultos acham o som das ondas do mar relaxante.

Para bebĂªs novinhos, "shhh" Ă© o som do silĂªncio. Ele estava acostumado a ouvir tal som 24 horas por dia, tĂ£o alto quanto um aspirador de pĂ³. Imagine o choque de um bebĂª acostumado a tal som o tempo todo chegando a um mundo onde as pessoas cochicham e caminham na ponta dos pĂ©s, tentando fazer silĂªncio!

Coloque sua boca 10-20 cm de distĂ¢ncia dos ouvidos do bebĂª e faça "shhh", "shhh". Aumente o volume do "shh" atĂ© ficar tĂ£o alto quanto o choro do bebĂª. Pode parecer rude tentar "calar" um bebĂª choroso fazendo "shh", mas para o bebĂª, Ă© o som do que lhe Ă© familiar.

Na primeira vez fazendo "shhh", seu bebĂª deve calar pĂ³s uns 2 minutos. Com a prĂ¡tica, vocĂª serĂ¡ capaz de acalmar o bebĂª em poucos segundos. É Ă³timo ensinar isso aos irmĂ£os mais velhos, que adorarĂ£o poder ajudar e acalmar o bebĂª.

Para substituir o "shhh", pode-se ligar: - secador de cabelos ou aspirador de pĂ³ - som de ventilador ou exaustor - som de Ă¡gua corrente - um CD com som de ondas do mar - um brinquedo que tenha sons de batimentos cardĂ­acos - rĂ¡dio fora de estaĂ§Ă£o ou babĂ¡ eletrĂ´nica fora de sintonia - secadora de roupas ligada com uma bola de tĂªnis dentro - mĂ¡quina de lavar louças

O barulho do carro ligado também acalma a criança.

4. Balanço
Foto: wrapyourbaby.com
 
"A vida era tĂ£o rica no Ăºtero. Rica em sons e barulhos. Mas a maior parte era movimento. Movimento contĂ­nuo. Quando a mĂ£e senta, levanta, caminha e vira o corpo - movimento, movimento, movimento." (Frederick Leboyer, Loving Hands)

Quando pensamos nos 5 sentidos - visĂ£o, audiĂ§Ă£o, tato, paladar e olfato - geralmente esquecemos o sexto sentido. NĂ£o Ă© intuiĂ§Ă£o, mas a sensaĂ§Ă£o de movimento no espaço.

Movimento rĂ­tmico ou balanço Ă© uma forma poderosa de acalmar bebĂªs (e adultos). Isso porque o balanço imita o movimento que o bebĂª sentia no Ăºtero materno e ativa as sensações de "movimento" dentro dos ouvidos, que por sua vez ativam o reflexo de acalmar.

Como balançar ?
1. Carregando o bebĂª num Sling; 
2. Dançando (movimentos de cima para baixo); 
3. Colocando o bebĂª num balanço; 
4. Dando tapinhas rĂ­tmicos no bumbum ou nas costas; 
5. Colocando o bebĂª na rede; 
6. Balançando numa cadeira de balanço; 
7. Passeando de carro; 
8. Colocando o bebĂª em cadeirinhas vibratĂ³rias (prĂ³prias para isso); 
9. Sentando com o bebĂª numa bola inflĂ¡vel de ginĂ¡stica e balançando de cima para baixo com ele no colo; 10. Caminhando bem rapidamente com o bebĂª no colo.

Quando balançar o bebĂª, seus movimentos devem rĂ¡pidos mas curtos. A cabeça do bebĂª nĂ£o fica sacudindo freneticamente. A cabeça move no mĂ¡ximo 2-5 cm de um lado para o outro. A cabeça estĂ¡ sempre alinhada com o corpo e nĂ£o hĂ¡ perigo de o corpo mover-se numa direĂ§Ă£o e cabeça abruptamente ir na direĂ§Ă£o oposta.

5. SucĂ§Ă£o

No Ăºtero, o bebĂª estĂ¡ apertadinho, com as mĂ£os sempre prĂ³ximas ao rosto, sugando os dedos com frequĂªncia. Quando nasce, nĂ£o mais consegue levar as mĂ£os Ă  boca. A sucĂ§Ă£o nĂ£o-nutritiva Ă© outra forma de acalmar o bebĂª. A amamentaĂ§Ă£o em livre demanda nĂ£o Ă© recomendada somente para garantir a nutriĂ§Ă£o do bebĂª e a produĂ§Ă£o de leite da mĂ£e, mas tambĂ©m para suprir a necessidade de sucĂ§Ă£o nĂ£o-nutritiva. Alguns especialistas orientam Ă s mĂ£es a darem chupetas para isso, mas ainda que a chupeta seja oferecida ao bebĂª, nĂ£o deve ser introduzida nas 6 primeiras semanas de vida, quando a amamentaĂ§Ă£o ainda estĂ¡ sendo estabelecida. HĂ¡ sempre o risco de haver confusĂ£o de bicos e o bebĂª sugar o seio incorretamente.

É importante lembrar que o bebĂª nunca chora Ă  toa. O choro nos primeiros meses de vida Ă© a Ăºnica forma de comunicar que algo estĂ¡ errado. Ainda que ele esteja limpo e bem alimentado, muitas vezes chora por necessidade de aconchego e calor humano. Por isso, falar que bebĂª novinho (recĂ©m nascido atĂ© 3 meses ou mais) faz manha (no sentido de chorar para manipular "negativamente" os pais) nĂ£o tem sentido. BebĂªs novinhos simplesmente nĂ£o tem maturidade neurolĂ³gica para tanto.

Bibliografia: The Happiest Baby on The Block, Dr. Harvey Karp, Bantam Dell, 2002. New York.
TraduĂ§Ă£o: FlĂ¡via Mandic 
Fonte: https://www.facebook.com/notes/solu%C3%A7%C3%B5es-para-noites-sem-choro/teoria-da-extero-gesta%C3%A7%C3%A3o-para-beb%C3%AAs-novinhos/224031814287902




 Fonte: kristypowellbirth.com

Do livro Un regalo para toda la vida - GuĂ­a de la lactancia materna, Carlos GonzĂ¡lez

Os gases

Tanto os bebĂªs como os adultos podem ter gases no estĂ´mago ou no intestino (sobretudo no intestino grosso). Mas sĂ£o duas questões completamente diferentes. O gĂ¡s encontrado no estĂ´mago Ă© ar, ar normal e corrente que o indivĂ­duo engoliu (Ă© o que os mĂ©dicos chamam aerofagia, engolir ar). Os bebĂªs podem engolir ar ao se alimentar, ou ao chorar, tambĂ©m quando chupam dedo ou chupeta.

O gĂ¡s que estĂ¡ no intestino Ă© diferente, basta cheirĂ¡-lo para perceber. ContĂ©m nitrogĂªnio do ar deglutido (o oxigĂªnio foi absorvido pelo tubo digestivo) e gases que sĂ£o produzidos no prĂ³prio intestino pela digestĂ£o de certos alimentos e que dĂ£o seu odor caracterĂ­stico.

Quando um bebĂª engole muito ar, seria possĂ­vel que soltasse muito “pum”, porĂ©m Ă© mais fĂ¡cil que o excesso saia por cima, com arrotos. Um excesso de gases no intestino Ă© mais provĂ¡vel que seja proveniente da digestĂ£o que do ar deglutido. Quando o bebĂª nĂ£o mama corretamente, porque estĂ¡ com a pega errada ou tem outra dificuldade, Ă© possĂ­vel que tome muita lactose e pouca gordura e a sobrecarga de lactose pode produzir um excesso de gases. AlĂ©m disso, por estar com a pega errada, Ă© provĂ¡vel que engula ar enquanto mama. Mas nem a pega incorreta Ă© a principal causa dos gases, nem os gases sĂ£o o principal sintoma da pega incorreta.

Os gases em excesso no intestino sĂ³ podem ser eliminados sob a forma de “pum” . Por sorte, nĂ£o podem fazer o caminho inverso e sair pela boca.

É mais fĂ¡cil eliminar o ar do estĂ´mago (quer dizer, arrotar) em posiĂ§Ă£o vertical que em posiĂ§Ă£o horizontal. Como nossos antepassados estavam sempre no colo de suas mĂ£es, em posiĂ§Ă£o mais ou menos vertical, nĂ£o deviam ter muito problema. No sĂ©culo passado o uso das mamadeiras e dos berços ficou generalizado. Com a mamadeira, o bebĂª pode engolir muito ar, e no berço Ă© difĂ­cil soltĂ¡-lo; por isso parecia importante colocar o bebĂª para arrotar antes de colocĂ¡-lo no berço.

Contudo, nĂ£o parece que os gases incomodam os bebĂªs, salvo em casos extremos. Muita gente pensa que a principal causa do choro em bebĂªs pequenos seja os gases; e muitos dos medicamentos que ao longo do tempo se tem recomendado para a cĂ³lica do lactente se supunha que ajudavam a expulsĂ¡-los (esse Ă© o significado da palavra carminativo), ou para evitar a formaĂ§Ă£o de bolhas (nunca entendi o porquĂª, mas sim, algumas gotas para cĂ³licas sĂ£o antiespumantes).

Nem todos estĂ£o de acordo com a causa das cĂ³licas (mais adiante explicarei minha teoria favorita), mas parece que nĂ£o restam mais defensores sĂ©rios da teoria dos gases. HĂ¡ muitos anos, quando nĂ£o se sabia que o excesso de raio x era malĂ©fico e se faziam radiografias por qualquer bobagem, alguĂ©m teve a idĂ©ia de fazer radiografias dos bebĂªs que choravam (o gĂ¡s Ă© visto perfeitamente como uma grande mancha negra na radiografia). Comprovou-se que os bebĂªs tĂªm poucos gases quando começam a chorar, porĂ©m muitos gases quando levam um tempo chorando. O que ocorre Ă© que engolem ar ao chorar, e como nĂ£o podem chorar e arrotar ao mesmo tempo, vĂ£o acumulando gases atĂ© que param de chorar. A mĂ£e costuma explicar assim: “Tadinho, estava chorando muito porque estava cheio de gases. Peguei, dei uns tapinhas, ele, conseguiu arrotar e melhorou”. Na realidade, a interpretaĂ§Ă£o correta seria: “Tadinho, chorava porque estava com saudade de mim. Quando peguei ele no colo e fiz carinho, ele se tranquilizou e deu um arroto enorme com todo o ar que tinha engolido enquanto chorava”.

Acho que isso explica a importĂ¢ncia do arroto no sĂ©culo passado. Quando a mĂ£e tentava colocar o bebĂª no berço logo apĂ³s acabar de mamar, o bebĂª chorava desesperado. Em vez disso, se ficasse com ele no colo e o embalasse um pouco antes de colocĂ¡-lo no berço, era mais fĂ¡cil que o bebĂª se traquilizasse e dormisse. Durante esse tempo que estava nos braços, claro, o bebĂª arrotava. E como ninguĂ©m queria reconhecer que o colo da mĂ£e era bom para o bebĂª (como vai ser bom? O colo da mĂ£e Ă© mau, estraga, o bebĂª nĂ£o tem que ficar no colo, ou ficarĂ¡ manhoso!), preferiram pensar que era o arroto, e nĂ£o a presença da mĂ£e, que havia feito o milagre.

A verdade Ă© que muitas mĂ£es modernas tĂªm a ideia de que o arroto Ă© importantĂ­ssimo, fundamental para a saĂºde e bem estar do seu filho. Tem que arrotar custe o que custar. Mas os bebĂªs amamentados, se mamaram corretamente, nĂ£o engolem quase nada de ar (os lĂ¡bios se fecham hermeticamente sobre o peito, razĂ£o pelo qual o ar nĂ£o entra; e dentro do peito nĂ£o tem ar, ao contrĂ¡rio da mamadeira). Muitas vezes, os bebĂªs de peito nĂ£o arrotam depois de mamar. Por outro lado, quando estĂ£o com a pega errada, Ă© possĂ­vel que engulam ar, fazendo um barulho como de beijinhos, porque fica uma frestinha entre os lĂ¡bios e o peito.

Uma vez uma mĂ£e me explicou que seu filho custa a arrotar, que tem de ficar uma hora dando tapinhas nas costas, que ele chora, inclusive,de tĂ£o mal que fica, atĂ© que por fim pode eliminar os gases. Pobre criatura, o que acontece Ă© que nĂ£o tem gases para eliminar; chora de tantos tapinhas e voltas que dĂ£o com ele, e ao final elimina o ar que engoliu enquanto chorava.
NĂ£o fique obsessiva com o arroto. Depois de mamar, Ă© uma boa ideia deixar o bebĂª por um tempo no colo. Isso ele vai gostar. Se nesse tempo eliminar os gases, estĂ¡ bem. E se nĂ£o, pode ser que nĂ£o tenha gases. NĂ£o lhe dĂª tapinhas nas costas, nĂ£o lhe dĂª camomila, nem erva-doce, nem Ă¡gua, nem nenhum remĂ©dio para gases (nem natural nem artificial, nem alopĂ¡tico nem fitoterĂ¡pico, nem comprado, nem o que tenha em casa).

A CĂ³lica

Os bebĂªs ocidentais costumam chorar bastante durante os primeiros meses, o que se conhece como cĂ³lica do lactente ou cĂ³lica do primeiro trimestre. CĂ³lica Ă© a contraĂ§Ă£o espasmĂ³dica e dolorosa de uma vĂ­scera oca; hĂ¡ cĂ³licas dos rins, da vesĂ­cula e do intestino. Como o lactente nĂ£o Ă© uma vesĂ­cula oca e o primeiro trimestre muito menos, o nome logo de cara nĂ£o Ă© muito feliz. Chamavam de cĂ³lica porque se acreditava que doĂ­a a barriga dos bebĂªs; mas isso Ă© impossĂ­vel saber. A dor nĂ£o se vĂª, tem de ser explicada pelo paciente. Quando perguntam a eles: “por que vocĂª estĂ¡ chorando?”, os bebĂªs insistem em nĂ£o responder; quando perguntam novamente anos depois, sempre dizem que nĂ£o se lembram. EntĂ£o ninguĂ©m sabe se estĂ¡ doendo a barriga, ou a cabeça, ou as costas, ou se Ă© coceira na sola dos pĂ©s, ou se o barulho estĂ¡ incomodando, ou simplesmente se estĂ£o preocupados com alguma notĂ­cia que ouviram no rĂ¡dio. Por isso, os livros modernos frequentemente evitam a palavra cĂ³lica e preferem chamar de choro excessivo na infĂ¢ncia. É lĂ³gico pensar que nem todos os bebĂªs choram pelo mesmo motivo; alguns talvez sintam dor na barriga, mas outro pode estar com fome, ou frio, ou calor, e outros (provavelmente a maioria) simplesmente precisam de colo.

Tipicamente, o choro acontece sobretudo Ă  tarde, de seis Ă s dez, a hora crĂ­tica. Ă€s vezes de oito Ă  meia-noite, Ă s vezes de meia-noite Ă s quatro, e alguns parecem que estĂ£o a postos vinte e quatro horas por dia. Costuma começar depois de duas ou trĂªs semanas de vida e costuma melhorar por volta dos trĂªs meses (mas nem sempre).

Quando a mĂ£e amamenta e o bebĂª chora de tarde, sempre hĂ¡ alguma alma caridosa que diz: “Claro! De tarde seu leite acaba!”. Mas entĂ£o, por que os bebĂªs que tomam mamadeira tĂªm cĂ³licas? (a incidĂªncia de cĂ³lica parece ser a mesma entre os bebĂªs amamentados e os que tomam mamadeira). Por acaso hĂ¡ alguma mĂ£e que prepare uma mamadeira de 150 ml pela manhĂ£ e de tarde uma de 90 ml somente para incomodar e para fazer o bebĂª chorar? Claro que nĂ£o! As mamadeiras sĂ£o exatamente iguais, mas o bebĂª que de manhĂ£ dormia mais ou menos tranquilo, Ă  tarde chora sem parar. NĂ£o Ă© por fome.

“EntĂ£o, por que minha filha passa a tarde toda pendurada no peito e por que vejo que meus peitos estĂ£o murchos?” Quando um bebĂª estĂ¡ chorando, a mĂ£e que dĂ¡ mamadeira pode fazer vĂ¡rias coisas: pegar no colo, embalar, cantar, fazer carinho, colocar a chupeta, dar a mamadeira, deixar chorar (nĂ£o estou dizendo que seja conveniente ou recomendĂ¡vel deixar chorar, sĂ³ digo que Ă© uma das coisas que a mĂ£e poderia fazer). A mĂ£e que amamenta pode fazer todas essas coisas (incluindo dar uma mamadeira e deixar chorar), mas, alĂ©m disso, pode fazer uma exclusiva: dar o peito. A maioria das mĂ£es descobrem que dar de mamar Ă© a maneira mais fĂ¡cil e rĂ¡pida de acalmar o bebĂª (em casa chamamos o peito de anestesia), entĂ£o dĂ£o de mamar vĂ¡rias vezes ao longo da tarde. Claro que o peito fica murcho, mas nĂ£o por falta de leite, mas sim porque todo o leite estĂ¡ na barriga do bebĂª. O bebĂª nĂ£o tem fome alguma, pelo contrĂ¡rio, estĂ¡ entupido de leite.

Se a mĂ£e estĂ¡ feliz em dar de mamar o tempo todo e nĂ£o sente dor no mamilo (se o bebĂª pede toda hora e doem os mamilos, Ă© provĂ¡vel que a pega esteja errada), e se o bebĂª se acalma assim, nĂ£o hĂ¡ inconveniente. Pode dar de mamar todas as vezes e todo o tempo que quiser. Pode deitar na cama e descansar enquanto o filho mama. Mas claro, se a mĂ£e estĂ¡ cansada, desesperada, farta de tanto amamentar, e se o bebĂª estĂ¡ engordando bem, nĂ£o hĂ¡ inconveniente que diga ao pai, Ă  avĂ³ ou ao primeiro voluntĂ¡rio que aparecer: “pegue este bebĂª, leve para passear em outro cĂ´modo ou na rua e volte daqui a duas horas”. Porque se um bebĂª que mama bem e engorda normalmente mama cinco vezes em duas horas e continua chorando, podemos ter razoavelmente a certeza de que nĂ£o chora de fome (outra coisa seria um bebĂª que engorda muito pouco ou que nĂ£o estava engordando nada atĂ© dois dias atrĂ¡s e agora começa a se recuperar: talvez esse bebĂª necessite mamar muitĂ­ssimas vezes seguidas). E sim, se pedir para alguĂ©m levar o bebĂª para passear, aproveite para descansar e, se possĂ­vel, dormir. Nada de lavar a louça ou colocar em dia a roupa para passar, pois nĂ£o adiantaria nada.

Ă€s vezes, acontece de a mĂ£e estar desesperada por passar horas dando de mamar, colo, peito, colo e tudo de novo. Recebe seu marido como se fosse uma cavalaria: “por favor, faça algo com essa menina, pois estou ao ponto de ficar doida”. O papai pega o bebĂª no colo (nĂ£o sem certa apreensĂ£o, devido Ă s circunstĂ¢ncias), a menina apoia a cabecinha sobre seu ombro e “plim” pega no sono. HĂ¡ vĂ¡rias explicações possĂ­veis para esse fenĂ´meno. Dizem que nĂ³s homens temos os ombros mais largos, e que se pode dormir melhor neles. Como estava hĂ¡ duas horas dançando, Ă© lĂ³gico que a bebĂª esteja bastante cansada. Talvez precisasse de uma mudança de ares, quer dizer, de colo (e muitas vezes acontece o contrĂ¡rio: o pai nĂ£o sabe o que fazer e a mĂ£e consegue tranquilizar o bebĂª em segundos).

Tenho a impressĂ£o (mas Ă© somente uma teoria minha, nĂ£o tenho nenhuma prova) de que em alguns casos o que ocorre Ă© que o bebĂª tambĂ©m estĂ¡ farto de mamar. NĂ£o tem fome, mas nĂ£o Ă© capaz de repousar a cabeça sobre o ombro de sua mĂ£e e dormir tranquilo. É como se nĂ£o conhecesse outra forma de se relacionar com sua mĂ£e a nĂ£o ser mamando. Talvez se sinta como nĂ³s quando nos oferecem nossa sobremesa favorita depois de uma opĂ­para refeiĂ§Ă£o. NĂ£o temos como recusar, mas passamos a tarde com indigestĂ£o. No colo da mamĂ£e Ă© uma dĂºvida permanente entre querer e poder; por outro lado, com papai, nĂ£o hĂ¡ dĂºvida possĂ­vel: nĂ£o tem mamĂ¡, entĂ£o Ă© sĂ³ dormir.

Minha teoria tem muitos pontos fracos, claro. Para começar, a maior parte dos bebĂªs do mundo estĂ£o o dia todo no colo (ou carregados nas costas) de sua mĂ£e e, em geral, descansam tranquilos e quase nĂ£o choram. Mas talvez esses bebĂªs conheçam uma outra forma de se relacionar com suas mĂ£es, sem necessidade de mamar. Em nossa cultura fazemos de tudo para deixar o bebĂª no berço vĂ¡rias horas por dia; talvez assim lhes passemos a idĂ©ia de que sĂ³ podem estar com a mĂ£e se for para mamar.

Porque o certo Ă© que a cĂ³lica do lactente parece ser quase exclusiva da nossa cultura. Alguns a consideram uma doença da nossa civilizaĂ§Ă£o, a consequĂªncia de dar aos bebĂªs menos contato fĂ­sico do que necessitam. Em outras sociedades o conceito de cĂ³lica Ă© desconhecido. Na Coreia, o Dr. Lee nĂ£o encontrou nenhum caso de cĂ³lica entre 160 lactentes. Com um mĂªs de idade, os bebĂªs coreanos sĂ³ passavam duas horas por dia sozinhos contra as dezesseis horas dos norteamericanos. Os bebĂªs coreanos passavam o dobro do tempo no colo que os norteamericanos e suas mĂ£es atendiam praticamente sempre que choravam. As mĂ£es norteamericanas ignoravam deliberadamente o choro de seus filhos em quase a metade das vezes.

No CanadĂ¡, Hunziker e Barr demonstraram que se podia prevenir a cĂ³lica do lactente recomendando Ă s mĂ£es que pegassem seus bebĂªs no colo vĂ¡rias horas por dia. É muito boa idĂ©ia levar os bebĂªs pendurados, como fazem a maior parte das mĂ£es do mundo. Hoje em dia Ă© possĂ­vel comprar vĂ¡rios modelos de carregadores de bebĂªs nos quais ele pode ser levado confortavelmente em casa e na rua. NĂ£o corra para colocar o bebĂª no berço assim que ele adormecer; ele gosta de estar com a mamĂ£e, mesmo quando estĂ¡ dormindo. NĂ£o espere que o bebĂª comece a chorar, com duas ou trĂªs semanas de vida, para pegĂ¡-lo no colo; pode acontecer de ter “passado do ponto” e nem no colo ele se acalmar. Os bebĂªs necessitam de muito contato fĂ­sico, muito colo, desde o nascimento. NĂ£o Ă© conveniente estarem separados de sua mĂ£e, e muito menos sozinhos em outro cĂ´modo. Durante o dia, se o deixar dormindo um pouco em seu bercinho, Ă© melhor que o bercinho esteja na sala; assim ambos (mĂ£e e filho) se sentirĂ£o mais seguros e descansarĂ£o melhor.

A nossa sociedade custa muito a reconhecer que os bebĂªs precisam de colo, contato, afeto; que precisam da mĂ£e. É preferĂ­vel qualquer outra explicaĂ§Ă£o: a imaturidade do intestino, o sistema nervoso… Prefere-se pensar que o bebĂª estĂ¡ doente, que precisa de remĂ©dios. HĂ¡ algumas dĂ©cadas, as farmĂ¡cias espanholas vendiam medicamentos para cĂ³licas que continham barbitĂºricos (se fazia efeito, claro, o bebĂª caĂ­a duro). Outros preferem as ervas e chĂ¡s, os remĂ©dios homeopĂ¡ticos, as massagens. Todos os tratamentos de que tenho notĂ­cia tĂªm algo em comum: tem de tocar no bebĂª para dĂ¡-lo. O bebĂª estĂ¡ no berço chorando; a mĂ£e o pega no colo, dĂ¡ camomila e o bebĂª se cala. Teria se acalmado mesmo sem camomila, com o peito, ou somente com o colo. Se, ao contrĂ¡rio, inventassem um aparelho eletrĂ´nico para administrar camomila, ativado pelo som do choro do bebĂª, uma microcĂ¢mera que filmasse o berço, um administrador que identificasse a boca aberta e controlasse uma seringa que lançasse um jato de camomila direto na boca… Acredita que o bebĂª se acalmaria desse modo? NĂ£o Ă© a camomila, nĂ£o Ă© o remĂ©dio homeopĂ¡tico! É o colo da mĂ£e que cura a cĂ³lica.

Taubman, um pediatra americano, demonstrou que umas simples instruções para a mĂ£e (tabela 1) faziam desaparecer a cĂ³lica em menos de duas semanas. Os bebĂªs cujas mĂ£es os atendiam, passaram de uma mĂ©dia de 2,6 horas ao dia de choro para somente 0,8 horas. Enquanto isso, os do grupo de controle, que eram deixados chorando, choravam cada vez mais: de 3,1 horas passaram a 3,8 horas. Quer dizer, os bebĂªs nĂ£o choram por gosto, mas porque alguma coisa estĂ¡ acontecendo. Se sĂ£o deixados chorando, choram mais, se tentam consolĂ¡-los, choram menos (uma coisa tĂ£o lĂ³gica! Por que tanta gente se esforça em nos fazer acreditar justo no contrĂ¡rio?).

Tabela 
1 – Instruções para tratar a cĂ³lica, segundo Taubman (Pediatrics 1984;74:998) 1- Tente nĂ£o deixar nunca o bebĂª chorando. 
2- Para descobrir por que seu filho estĂ¡ chorando, tenha em conta as seguintes possibilidades: 
a- O bebĂª tem fome e quer mamar. 
b- O bebĂª quer sugar, mesmo sem fome. 
c- O bebĂª quer colo. 
d- O bebĂª estĂ¡ entediado e quer distraĂ§Ă£o. 
e- O bebĂª estĂ¡ cansado e quer dormir. 
3- Se continuar chorando durante mais de cinco minutos com uma opĂ§Ă£o, tente com outra. 
4- Decida vocĂª mesma em qual ordem testarĂ¡ as opções anteriores. 
5- NĂ£o tenha medo de superalimentar seu filho. Isso nĂ£o vai acontecer. 
6- NĂ£o tenha medo de estragar seu filho. Isso tambĂ©m nĂ£o vai acontecer.

No grupo de controle, as instruções eram: quando o bebĂª chorar e vocĂª nĂ£o souber o que estĂ¡ acontecendo, deixe-o no berço e saia do quarto. Se apĂ³s vinte minutos ele continuar chorando, torne a entrar, verifique (um minuto) que nĂ£o hĂ¡ nada, e volte a sair do quarto. Se apĂ³s vinte minutos ele continuar chorando etc. Se apĂ³s trĂªs horas ele continuar chorando, alimente-o e recomece.

As duas Ăºltimas instruções do Dr. Taubman me parecem especialmente importantes: Ă© impossĂ­vel superalimentar um bebĂª por oferecer-lhe muita comida (que o digam as mĂ£es que tentam enfiar a papinha em um bebĂª que nĂ£o quer comer); e Ă© impossĂ­vel estragar um bebĂª dando-lhe muita atenĂ§Ă£o. Estragar significa prejudicĂ¡-lo. Estragar uma criança Ă© bater nela, insultĂ¡-la, ridicularizĂ¡-la, ignorar seu choro. Contrariamente, dar atenĂ§Ă£o, dar colo, acariciĂ¡-la, consolĂ¡-la, falar com ela, beijĂ¡-la, sorrir para ela sĂ£o e sempre foram uma maneira de criĂ¡-la bem, nĂ£o de estragĂ¡-la.

NĂ£o existe nenhuma doença mental causada por um excesso de colo, de carinho, de afagos… NĂ£o hĂ¡ ninguĂ©m na prisĂ£o, ou no hospĂ­cio, porque recebeu colo demais , ou porque cantaram canções de ninar demais para ele, ou porque os pais deixaram que dormisse com eles. Por outro lado, hĂ¡, sim, pessoas na prisĂ£o ou no hospĂ­cio porque nĂ£o tiveram pais, ou porque foram maltratados, abandonados ou desprezados pelos pais. E, contudo, a prevenĂ§Ă£o dessa doença mental imaginĂ¡ria, o estrago infantil crĂ´nico , parece ser a maior preocupaĂ§Ă£o de nossa sociedade. E se nĂ£o, amiga leitora, relembre e compare: quantas pessoas, desde que vocĂª ficou grĂ¡vida, avisaram da importĂ¢ncia de colocar protetores de tomada, de guardar em lugar seguro os produtos tĂ³xicos, de usar uma cadeirinha de segurança no carro ou de vacinar seu filho contra o tĂ©tano? Quantas pessoas, por outro lado, avisaram para vocĂª nĂ£o dar muito colo, nĂ£o colocar para dormir na sua cama, nĂ£o acostumar mal o bebĂª?

Lee K. The crying pattern of Korean infants and related factors. Dev Med Child Neurol. 1994; 36:601-7 Hunziker UA, Barr RG. Increased carrying reduces infant crying: a randomized controlled trial. Pediatrics 1986;77:641-8 Taubnan B. Clinical trial of treatment of colic by modification of parent-infant interaction. Pediatrics 1984;74:998-1003

Do livro Un regalo para toda la vida - GuĂ­a de la lactancia materna, Carlos GonzĂ¡lez

TraduĂ§Ă£o: Fernanda Mainier 
RevisĂ£o: Luciana Freitas

Retirado do grupo do facebook: Soluções para Noites sem choro
SerĂ¡ que o bebĂª estĂ¡ na posiĂ§Ă£o correta?
Fonte: fwbabywearing.wordpress.com

Essa Ă© a grande dĂºvida da maioria das mĂ£es que atendo, mas antes de mais nada, Ă© importante dizer que a anatomia deve ser respeitada quando colocamos um bebĂª no sling e respeitar a posiĂ§Ă£o fisiolĂ³gica trarĂ¡ enormes benefĂ­cios, evitando assim a compressĂ£o dos vasos sanguĂ­neos na regiĂ£o da virilha e a displasia de quadril.

A principal dica Ă© saber que o bebĂª deve ficar sempre na posiĂ§Ă£o de sapinho (acocorado). Essa Ă© a posiĂ§Ă£o fisiolĂ³gica e assim o bebĂª vai desenvolver uma posiĂ§Ă£o ergonĂ´mica importante para seu desenvolvimento.


EntĂ£o, lembre-se sempre das dicas abaixo:

- a altura correta do bebĂª Ă© quando vocĂª consegue encostar seu rosto na cabecinha dele sem precisar se curvar (chamamos de "altura dos beijinhos");
- o tecido deve ser ajustado do bumbum atĂ© a nuca,  a partir do momento que o bebĂª consegue sentar sozinho podemos baixar o pano e liberar os bracinhos;
- o tecido também deve ser ajustado de um joelho ao outro;
- as perninhas juntamente com o bumbum devem formar a letra "M" (bumbum fica baixo e os joelhos na altura do umbigo do bebĂª)
- a coluna deve ficar arredondada, formando um "C"
- nĂ£o devemos forçar a abertura das pernas do bebĂª (devemos respeitar a abertura natural para o bebĂª permanecer em sua posiĂ§Ă£o fisiolĂ³gica)
- cuidado com o excesso de pano, o rostinho deve estar livre para nĂ£o prejudicar a respiraĂ§Ă£o.
- a melhor posiĂ§Ă£o para o bebĂª Ă© aquela em que ele fica com a face voltada para o corpo do adulto. NĂ£o recomendamos a posiĂ§Ă£o “de frente para o mundo”, pois, alĂ©m do excesso de estĂ­mulos visuais para o bebĂª, Ă© a posiĂ§Ă£o que mais força sua coluna, podendo influenciar no seu desenvolvimento. Se for usĂ¡-la, use durante poucos minutos com bebĂªs que jĂ¡ sentam sozinhos.

Muitas mĂ£es jĂ¡ relataram que uma voltinha com o bebĂª no sling gera inĂºmeros comentĂ¡rio - "Nossa, ele nĂ£o estĂ¡ apertado?", "NĂ£o vai cair", "Cuidado, vai deixar manhoso e depois ele sĂ³ vai querer colo".

O que os palpiteiros de plantĂ£o nĂ£o sabem Ă© que estudos e especialistas comprovam que carregar os bebĂªs grudadinhos no corpo da mĂ£e e do pai sĂ³ gera benefĂ­cios para o bebĂª (e ter as mĂ£o livres Ă© uma grande ajuda!)

Fonte: livinginhisway.ca

Um estudo desenvolvido na Universidade de Harvard nos Estados Unidos mostram que bebĂªs e crianças que desfrutam do colo das suas mĂ£es tornam-se adultos com menos propensĂ£o a desordens, como a SĂ­ndrome do PĂ¢nico e o desenvolvimento de traumas.
JĂ¡ o estudo na Unifesp diz: colo de mĂ£e alivia dor! Para recĂ©m-nascidos, os benefĂ­cios sĂ£o ainda maiores, o colo pode inclusive prevenir as incĂ´modas e indecifrĂ¡veis cĂ³licas.

JĂ¡ as mĂ£es, precisam de muito contato pele a pele com o bebĂª para produzir a quantidade de leite suficiente (oxitocina), e para produzir os hormĂ´nios que evitam a depressĂ£o pĂ³s-parto. Estando juntinho ao bebĂª tambĂ©m percebem as necessidades reais dele.

Por tanto carregar o bebĂª no sling nĂ£o sĂ³ garante o colinho gostoso como traz benefĂ­cios! Fica aqui uma lista com os principais benefĂ­cios:

Para os bebĂªs
1- Choram menos! (43% menos no total e 54% menos durante as horas do dia)
2- SĂ£o mais saudĂ¡veis! (ganham peso mais rĂ¡pido, tem melhor habilidade motora, coordenaĂ§Ă£o, maior tonificaĂ§Ă£o muscular e senso de equilĂ­brio)
3- Tem uma melhor visĂ£o do mundo! (bebĂªs em carrinhos vem o mundo a altura dos joelhos de um adulto)
4- Da mais segurança . O bebĂª tem acesso a comida, calor e amor.
5- Ganham independĂªncia mais rapidamente!
6- Dormem melhor! (mais rapidamente e por perĂ­odos mais longos)
7- Aprendem mais! (nĂ£o sĂ£o super-estimulados, mais calmos e alertas, observando e participando do mundo ao seu redor)
8- SĂ£o Mais felizes! (se sentem mais amados e seguros)
9- É um santo remĂ©dio para os bebĂªs que sofrem de cĂ³lica ou refluxo. A cĂ³lica vai embora porque a barriga do pequeno fica quentinha colada a sua e o refluxo fica menor porque a criança pode ser carregada em posiĂ§Ă£o vertical, que favorece a digestĂ£o.

Para vocĂª
1- Melhora a comunicaĂ§Ă£o entre os dois, jĂ¡ que vocĂª se sintoniza com os gestos e expressões dele.
2- Cria pais mais auto-confiantes. NĂ£o hĂ¡ nada melhor que ter um bebĂª calmo e contente graças a que vocĂª saber atender suas necessidades.
3- É conveniente . NĂ£o hĂ¡ incomodidades nem complicações como ter que carregar um bebĂª-conforto num braço e o bebĂª no outro.
4- Facilita a locomoĂ§Ă£o. VocĂª pode caminhar por calçadas e terrenos irregulares, ruelas estreitas, subir e descer escadas, entrar a locais com muita gente sem bater em ninguĂ©m com o carrinho, etc.
5- É saudĂ¡vel para vocĂª. Permite vocĂª sair para caminhar e respirar ar puro!
6- AmamentaĂ§Ă£o discreta sem necessidade de buscar um lugar apropriado para sentar.
7- Permite vocĂª interagir com outras crianças ou filhos e ainda assim manter seu bebĂª perto e seguro. 8- MĂ£e e bebĂª podem sair de casa juntos! VocĂª pode ir a qualquer lugar com seu bebĂª seguro e acolhido.
9- Suas mĂ£os estĂ£o livres. VocĂª pode fazer compras, caminhar, passear, ler um livro, brincar com o seu filho maior ou ainda sair para um lindo almoço na cidade.
10- É a soluĂ§Ă£o natural para o sono do bebĂª. VocĂª acalma e agrada seu bebĂª com seu calor, sua voz, seus movimentos e o batimento de seu coraĂ§Ă£o.

MOTIVOS EXTRAS 
- Tem um modelo mais lindo que o outro, com estampas coloridĂ­ssimas. 
- Existem vĂ¡rios tipos diferentes de sling, tem o wrap, o de argola, o pounch… É sĂ³ escolher o que vocĂª mais gosta
- Papais que slingam podem ter a sensaĂ§Ă£o de como Ă© "gestar" um bebĂª.

Fontes:
Baby Center
Crescer
Guia do BebĂª
Slingando
 Foto: Luciana Hoffmann

Faz pouco tempo que os colares de Ă¢mbar começaram a ser conhecidos aqui no Brasil, principalmente depois que a filha da modelo Gisele BĂ¼ndchen apareceu usando o tal colar, mas ele Ă© uma tradiĂ§Ă£o de muitos e muitos anos na Europa.

Mas vocĂª sabe o que Ă© o Ă¢mbar?
O Ă¢mbar Ă© a seiva de Ă¡rvores fossilizadas prĂ©-histĂ³ricas, que cresceram hĂ¡ 50 milhões de anos, principalmente na EscandinĂ¡via e em outros lugares ao redor do Mar BĂ¡ltico - inclusive as propriedades do colar sĂ³ valem se as pedras forem dessa Ă¡rea.

Nele se encontra o Ă¡cido succĂ­nico, onde estudos afirmam que esse composto quĂ­mico fortalece o sistema imunolĂ³gico, estimula o sistema nervoso e melhora a atividade metabĂ³lica. Por isso, o Ă¢mbar atuaria como analgĂ©sico e anti-inflamatĂ³rio natural.

BenefĂ­cio e como funciona
O Ă¢mbar tem sido usado por sĂ©culos como um remĂ©dio natural para aliviar a dor, promover a rĂ¡pida cicatrizaĂ§Ă£o e estimular o sistema imunolĂ³gico.
Em contato com a pele ele aquece e libera pequenas quantidades de Ă¡cido succĂ­nico, substĂ¢ncia contida nos Ă³leos essenciais do Ă¢mbar que tem efeito curativo, propriedades analgĂ©sicas e anti-inflamatĂ³rias. Historicamente vem sendo usando na prevenĂ§Ă£o de AVC e para atenuar cĂ³licas, dores corporais, nĂ¡useas, infecções de ouvido e outros.


Preste atenĂ§Ă£o Ă s medidas de segurança
  • O colar deve ser o de Ă¢mbar verdadeiro do mar bĂ¡ltico, que tem o mais alto teor de Ă¡cido succĂ­nico.
  • O colar, nĂ£o deve ser muito comprido (no mĂ¡ximo 35cm) para que dificilmente se prenda Ă  alguma coisa ou que o bebĂª consiga levar Ă  boca. 
  • Entre cada conta deve haver um nĂ³. Dessa forma, caso o cordĂ£o se rompa, apenas uma conta cai. 
  • O fecho deve ser de rosca, para que a criança nĂ£o consiga abrir. 
  • Deve-se evitar molhar muitas vezes o colar para nĂ£o enfraquecer o fio de algodĂ£o com o qual Ă© feito.  EntĂ£o o melhor Ă© retirar qdo for tomar banho.
  • Ao usar, a criança deve estar sempre sob supervisĂ£o de um adulto. 
  • Recomenda-se que a criança nĂ£o durma com o colar para evitar risco de asfixia. 
  • Evitar que a criança leve o colar Ă  boca ou o morda. 
Ficou interessada(o)? EntĂ£o visite nossa loja e olhe os modelos disponĂ­veis ;)